O jogo continua
Onde será o jogo de abertura da Copa 2014?
A FIFA diz, agora pelo seu vice-presidente, que quer que seja em São Paulo.
Mas para isso quer que seja um estádio novo, com capacidade para mais de 65 mil lugares, com participação de verbas públicas.
Todos os três níveis de Governo já declararam que não colocarão recursos orçamentários públicos para a construção do estádio.
Permanece o impasse.
Parece que a FIFA não acredita que os Governos Estadual e Municipal de São Paulo não se disponham a colocar recursos públicos para ter a sede da abertura.Pelo menos não aceita e continua pressionando.
E que, diante de uma pressão da sociedade paulista e paulistana os respectivos governos irão "abrir as burras". Ledo engano.
A maior parte da sociedade paulista é contra a destinação de recursos públicos para a construção de um estádio privado.
A posição politica da Prefeitura não muda e não irá mudar sem uma mudança de parte do Governo Estadual.
Já o Governo Estadual, com um novo Governador e nova Assembléia Legislativa poderá mudar, mas dificilmente o fará. Na campanha o tema abertura da Copa em São Paulo poderia ser um tema fundamental. Não foi.
Ademais existe problemas de cronogramas. O orçamento de 2011 está praticamente fechado. Para a inclusão de verba específica para o estádio, ainda nesta legislatura será necessário um esforço político dificil de viabilizar. Ao longo de 2011 seria necessário aprovar crédito especial, igualmente discutível, na medida em que não foi prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Diversamente do que se imagina, a alocação de verbas orçamentárias estaduais ou municipais não dependem só da vontade política do Governante. Além dessa firme vontade política há necessidade de uma enorme articulação política que vai além da Assembléia Legislativa. Envolve o Ministério Público, o Tribunal de Contas do Estado e a sociedade civil. Pois se essa se movimentar fortemente contra, irá travar todas as iniciativas. E o estádio não ficará pronto para 2014.
O Corinthians e a Odebrecht irão iniciar a construção do estádio para 45.000 lugares e mesmo assim sem as necessárias garantias. A Odebrecht limita a sua responsabilidade a R$ 300 milhões. Para o financiamento de R$ 400 milhões do BNDES faltam garantias mínimas de R$ 200 milhões: R$ 100 milhões adicionais e mais a margem da garantia.
Os impasses continuam e São Paulo fica cada vez mais distante da abertura.
O novo jogo é trocar a abertura pelo Centro de Mídia. Para esse o Governo poderá até aportar recursos públicos. Para os estádios dificilmente.
Um comentário:
jah deu uma olhada no blog do perrone de hoje?
abs
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