Reprodução: Folha.com
O veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à isenção
fiscal aos estádios que servirão de treinamento para a Copa-2014 já causa
rebuliço nas cidades-sedes, principalmente naquelas em que arenas privadas vão
abrigar as partidas do Mundial.
Porto Alegre é uma das cidades onde fica mais evidente a
discordância em relação ao veto. Isso por causa da Arena do Grêmio, que está
sendo construída e contava com a isenção fiscal. O estádio é pré-candidato para
sediar a Copa das Confederações e foi indicado pela prefeitura para ser centro
de treinamento durante o Mundial.
Alheio a isso, o Internacional tem certeza de que a reforma
no Beira-Rio terá isenção fiscal. "Estamos contando com isso", diz o
presidente do clube, Vitorio Piffero.
O secretário extraordinário de Porto Alegre para a
Copa-2014, Ricardo Gothe, discorda da decisão do presidente Lula e cogita fazer
uma movimentação no Congresso para cancelar o veto.
"Não existe Copa do Mundo sem centro de treinamento, sem hotel, sem aeroporto. Essas estruturas têm de ter algum benefício do Estado. Vou falar com o prefeito [José Fortunati] e, se for o caso, vamos fazer um movimento no Congresso para cancelar esse veto", declarou Gothe.
"Não existe Copa do Mundo sem centro de treinamento, sem hotel, sem aeroporto. Essas estruturas têm de ter algum benefício do Estado. Vou falar com o prefeito [José Fortunati] e, se for o caso, vamos fazer um movimento no Congresso para cancelar esse veto", declarou Gothe.
"Acho estranho dar incentivos para construções e
reformas de hotéis, como o BNDES está fazendo, com melhores linhas de crédito,
e não haver benefícios para campos de treinamento", completa o secretário.
Em Curitiba, em que a Arena da Baixada, do Atlético- -PR,
foi escolhida para ser palco da Copa, já haviam muitas discussões sobre
benefícios do Estado ao clube antes mesmo do veto do presidente Lula. A maioria
delas veio do Coritiba, que considerava injusto haver isenções ou aporte
financeiro público ao rival Atlético-PR.
Além da desoneração fiscal, o Atlético-PR terá ajuda
indireta do Estado do Paraná e da Prefeitura de Curitiba, por meio de cessão de
potencial construtivo à empreiteira que for escolhida para executar o projeto
de reforma da Arena da Baixada.
Comentário do blog
O Brasil vai gastar bilhões de reais para realizar um evento
privado, que irá gerar lucros altíssimos a alguns (empresas patrocinadoras da
Fifa, o COL e a própria Fifa), e estes não pagarão um "tostão" sequer
de impostos.
Já aqueles de disponibilizarão suas estruturas para que a
Copa seja realizada, não terão incentivo algum.
Desde sempre na história deste pais foi assim: vão levar a
riqueza e nos deixar “espelhinhos”.
Um comentário:
Só aceitaram a Copa ser feita aqui como uma medida populista, já foi provado que isso não traz lucro ao país organizador...
fala-se tanto que a vantagem está em acelerar obras de infraestrutura por conta da Copa/Olimpíadas, mas isso já não deveria ser obrigação independente de ter um evento desses por aqui?
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