Reprodução: Blog do Juca Kfouri
Diante das confusões, incompreensões e do analfabetismo
funcional, esclareçamos:
1. Sempre que a Record concorre a qualquer coisa concorre de
maneira desleal, porque seu dinheiro vem do dízimo (*);
2. A Globo é a melhor parceira para qualquer negócio no
país;
3. Nem por isso uma licitação tão bem feita, e tão
transparentemente que (contou) com a presença de dois clubes, Santos e
Botafogo, que não votaram no presidente do Clube dos 13, deveria ser
desperdiçada como está sendo;
4. Era a chance de o futebol brasileiro encontrar cifras
como nunca;
5. O Corinthians sai do Clube dos 13 não por se preocupar
com “lisura”, como diz, porque também não é chegado à lisura e nem por causa da
origem do dinheiro da Record, porque não se importou com a origem do dinheiro
do MSI;
6. A Record bateu em Andrés Sanches, que dá um milhão de
motivos para apanhar, mas não por razões jornalísticas e sim por ele ser a
favor da Globo, como Ronaldo Fenômeno, sócio do Corinthians;
7. Os quatro grandes do Rio não podem agora dizer que
discordam de como foi montada a licitação porque dela participaram com o
Botafogo e o Flamengo até chegou a
elogiá-la;
8. O Flamengo usa a bobagem da traição feita pelo São Paulo
para fazer demagogia com a história da taça de bolinhas, que não tem nada a ver
com a ruptura, motivada simplesmente por dinheiro;
9. A Globo, por sua vez, cala sobre tudo isso e nem sequer
fala da implosão do Clube dos 13;
10. Estamos longe, em resumo, de um regime verdadeiramente
capitalista de livre, e limpa, concorrência, além de muito distantes de ver o
jornalismo separado dos negócios de cada um;
11. Se é que o capitalismo permite isso em algum lugar do
mundo, embora pareça que sim.
Isto posto, é bom que se diga: o Clube dos 13 falhou miseravelmente
estes anos todos ao não se transformar em Liga, que foi a ideia que a originou,
cinco anos antes até da Liga na Inglaterra.
A Liga Brasileira deve nascer agora, mas com o aval e
controle da CBF. Ou seja…
Nota do blog
(*) As doações feitas pelos adeptos da IURD (ou de qualquer
outra religião) são isentos de tributação de impostos. O problema é que a IURD
compra horários na grade de programação da Record por valores muito superiores
ao de mercado, transferindo desta forma recursos da igreja para a emissora de
TV.
Comentário do blog
Juca foi, mais uma vez, preciso em sua análise, e de quebra,
tocou num tema que muito me incomoda: a isenção das informações jornalistas (item
9 e 10). Isso é jornalismo.
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