Blog by Guedex
Blog by Guedex

sábado, 23 de outubro de 2010

Entrevista: Lucas

Reprodução: UOL

Fama faz Lucas trocar trem por táxi e criar Twitter para interagir com fãs

Principal revelação do São Paulo na temporada, o jovem Lucas, de 18 anos, aos poucos começa a sentir os efeitos da fama. O meia ainda mantém uma rotina simples, de viver no CT da Barra Funda e ganhar o piso salarial pago pelo clube aos atletas revelados pela base. Entretanto, quando sai na rua já é cercado por torcedores.
Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, Lucas contou que não pode mais utilizar transporte público para visitar seus familiares no Jardim Miriam, bairro da zona Sul da capital paulista. Ele passou a andar de táxi, já que ainda não tirou a habilitação para dirigir.
Além disso, o camisa 37 tricolor, que há pouco mais de um mês deixou o apelido Marcelinho de lado, criou uma conta no Twitter (lucasrm37) para interagir com os fãs e tem mais de 20 mil seguidores.
Confira o bate-papo com a promessa são-paulina:

UOL Esporte: Como tem sido o contato com os torcedores nas ruas? A fama alterou muito a sua rotina?
Lucas: Eu saio nas ruas e as pessoas já me reconhecem. ‘É o Lucas, do São Paulo’, falam. Fico tímido ainda, mas é legal e atendo todo mundo numa boa. Converso, tiro fotos, é bacana. Antes eu andava de trem, metrô, ônibus, mas hoje já não ando mais. Vou mais de táxi ou meu pai vem me buscar. Não tenho carro, ainda não tirei carta.
UE: O que você costuma fazer nas suas folgas?
Lucas: Quando estou de folga vou visitar minha família, sou bem apegado a eles. Vou visitar meus pais, minhas tias, meus primos. Costumo passear em shoppings, às vezes saio com meus amigos aqui do CT, como o Casemiro e o Zé Vitor. Vamos jantar em restaurantes e depois voltamos. Não sou muito chegado a danceterias, não.
UE: Existe um assédio maior das meninas por você ser jogador de futebol?
Lucas: Isso é normal. Você passa a ser mais conhecido e existem torcedoras fanáticas pelo clube. É bem legal. Por eu ser mais conhecido agora, elas se aproximam mais, dão em cima. Agradeço o carinho, mas estou mais focado no meu futebol.
UE: Você vê o Twitter como uma forma de conversar com os torcedores?
Lucas: É um atalho, uma forma mais fácil de se relacionar com o torcedor. Procuro comentar sobre os jogos, falo sobre os treinos. Sobre a minha intimidade não falo muito. Tenho bastante seguidores, e isso aumenta a cada dia. Eles perguntam, passam mensagens de incentivo e apoio.
UE: Você criou o Twitter justamente por isso, porque começou a ficar famoso?
Lucas: Depois que cheguei ao profissional comecei a usar. Muita gente falava ‘faz um Twitter, é legal para falar com os torcedores’. Gostei da ideia, criei um para mim e estou gostando. Agora peguei as manhas, no começo era mais difícil, me perdia para usar. Entro uma vez a cada dois ou três dias, mais quando não tem jogo.
UE: Como é sua relação com o empresário Wagner ribeiro e por que a opção de ser cliente dele?
Lucas: O Wagner me liga direto, pergunta como estou, passa conselhos. É uma relação bem amigável. Um amigo do meu pai trabalhava com ele e me indicou. Ele assistiu a alguns jogos meus, conversou com meu pai e chegamos a um acerto. Foi em 2008, eu estava na base do São Paulo.
UE: Com empresário fica mais fácil subir para o profissional?
Lucas: Empresário entende mais, é mais experiente. Meu pai trabalhava muito e não podia me assessorar tanto. Ele também não tinha esse contato todo com o clube. O Wagner tem mais contato, conhece as pessoas, conversou com a gente e passou confiança. Ele conhece o ramo e poderia ajudar para eu chegar ao profissional. Independentemente disso, eu tinha potencial para subir sozinho também.
UE: O Wagner Ribeiro tem um histórico de negociar jogadores de nome para o exterior, como o Kaká e o Robinho. Torcedores e conselheiros o criticam por isso. Como você e seu pai lidam com o assunto?
Lucas: Penso assim, o empresário procura o melhor para o seu cliente, faz a negociação, mas a decisão final é do jogador. Conversei com ele sobre isso. Disse que quero ficar no São Paulo, seguir carreira aqui, conquistar títulos, fazer história aqui primeiro para depois pensar em uma vida lá fora. Independentemente de ele querer ou não me levar para fora, a decisão final será minha.
UE: Você planeja permanecer quanto tempo no São Paulo?
Lucas: Não tenho um período definido, mas quero fazer minha história primeiro, ganhar títulos, dar alegria aos torcedores. Podem ser dois ou três anos. Depois, se estiver na hora de sair e for melhor para mim, vou pensar.
UE: Estuda algum idioma para viver em outro país?
Lucas: Terminei o terceiro colegial no ano passado e estou querendo fazer um curso de inglês. Vou ver se consigo no ano que vem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário