Reprodução: Folha.com
A Rússia e o Qatar foram escolhidos nesta quinta-feira, em
votação na sede da Fifa, na suíça Zurique, como sedes das Copas do Mundo de
2018 e 2022. A dupla era dona dos piores relatórios técnicos feitos pela
entidade. Mesmo assim, turbinada por altos orçamentos, acabou levando a melhor.
A vitória russa aconteceu em segundo turno. O país ganhou a
eleição contra Inglaterra, Portugal/Espanha e Holanda/Bélgica.
O total previsto para investimentos em estádios é de US$ 3,8
bilhões, cerca de R$ 6,5 bilhões. No total serão usadas 16 cidades, com 16
arenas, sendo 13 novas.
Esta será a primeira vez que o país receberá o principal
torneio de futebol do mundo, mesma situação do Qatar, pioneiro no assunto em se
tratando de Oriente Médio.
O país venceu a eleição que era disputada contra Estados
Unidos, Coreia do Sul, Japão e Austrália.
O total previsto para investimentos em estádios é de US$ 3
bilhões, cerca de R$ 5,1 bilhões. Ao todo, serão sete cidades, com 12 estádios,
sendo nove novos.
O pleito
Os 11 países envolvidos na disputa enviaram chefes de Estado, jogadores,
executivos, xeques e até um príncipe. As personalidades, porém,
ignoraram os casos de suborno e só fizeram elogios e defesas dos
dirigentes.
Dos 24 originais membros do Comitê Executivo, corpo eleitoral das
escolhas, um quarto deles foi denunciado em matérias da imprensa inglesa
durante a campanha. Dois integrantes foram suspensos --só 22 votaram
hoje.
Reynald Temarii, do Haiti, e Amos Adamu, da Nigéria, foram afastados
após terem sido flagrados em vídeos do "Sunday Times" negociando votos. A
BBC ainda mostrou pagamentos de supostos subornos relacionados à Fifa a
Ricardo Teixeira, da CBF, Issa Hayatou, de Camarões, e Nicolás Leoz, do
Paraguai.
A Inglaterra tentou barrar documentário da BBC sobre os cartolas da
Fifa. E o premiê James Cameron esteve com o dirigente Jack Warner, de
Trinidad e Tobago, acusado de revender ingressos da Copa com ágio.
Em vez de a Fifa explicar seus problemas, foi o jogador Beckham que teve
de minimizar ao presidente da entidade, Joseph Blatter, as denúncias da
BBC.
Não foi o único a atacar as denúncias de jornalistas. E de nenhuma das
candidaturas se ouviu um pedido de investigação dos votantes ou de
mudanças.
Sem pressão de políticos, os dirigentes da Fifa continuam com tratamento
de chefes de Estado. Seu hotel em Zurique estava isolado até
quarta-feira pela polícia --a justificativa era a presença de Cameron.
Jornalistas não tinham acesso à sede da Fifa e viam as apresentações de
outro local, longe dali.
O ministro do Esporte do Japão, Kan Suzuki, resumiu o sentimento dos
políticos sobre a Fifa ao defender sua candidatura. "Não estamos
limitados às garantias do governo [à Fifa]. Estamos prontos para atender
o que for necessário", afirmou.








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