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Justiça suspende homologação da licitação internacional para o projeto de elaboração da Linha 17-Ouro
A juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 3.ª 
Vara da Fazenda Pública,  atendeu a pedido da Associação Sociedade dos 
Amigos de Vila Inah  (Saviah) e concedeu ontem uma liminar suspendendo a
 assinatura de  contrato e a homologação da licitação internacional para
 a elaboração do  projeto, fabricação, fornecimento e implementação de 
monotrilho na  Linha 17-Ouro do Metrô de São Paulo. O ramal vai ligar o 
Estádio do  Morumbi ao Aeroporto de Congonhas, na zona sul.
A sessão de abertura dos envelopes com a
 proposta, marcada para hoje,  não está suspensa pela decisão. O governo
 do Estado manteve a reunião  que deverá contar com a participação de 
empresas brasileiras e  internacionais. A linha está orçada em R$ 3,17 
bilhões e deverá  desapropriar 132,3 mil metros quadrados de áreas em 
bairros de classes  alta e média, incluindo Morumbi, Granja Julieta e 
Campo Belo, na zona  sul da capital. Os moradores reclamam da alteração 
da paisagem dos  bairros com a estrutura de aço e concreto que vai 
sustentar a linha,  além da desvalorização financeira e urbanística dos 
imóveis.
Para obter a liminar, os advogados da 
associação de moradores  alegaram que o projeto não respeita a lei 
federal de licitações ao não  incluir no processo a licença ambiental da
 obra nem o projeto básico da  construção, conforme prevê o artigo 7.º 
da Lei n.º 8.666. A Saviah alega  ainda que a justificativa de o projeto
 e a licitação tramitarem em  regime de urgência não pode mais ser 
sustentada, pois há indefinição  sobre a escolha do estádio que deverá 
ser a sede dos jogos da Copa do  Mundo em São Paulo.
A obra, segundo convênio firmado entre o
 governo estadual e a  Prefeitura de São Paulo, deveria estar concluída 
em 2013, para a  estrutura de transporte já ser aproveitada durante a 
Copa das  Confederações. Mas a juíza que concedeu a liminar afirmou em 
sua decisão  que nesta fase não se "entrevê a configuração das 
ilegalidades  apontadas" na ação. Durante a apuração dos fatos, se algum
 problema for  confirmado, a licitação pode ser anulada.
A proposta do Metrô é construir pistas 
suspensas em pilares com 15  metros de altura, por onde trafegará uma 
espécie de ônibus articulado  com pneus.
A sessão pública para abertura dos 
envelopes com as propostas já  havia sido transferida de 18 de novembro 
para hoje. O Metrô informou,  por meio de nota, que ainda não foi 
notificado oficialmente sobre a  decisão da Justiça, mas que a liminar 
não afeta a continuidade do  processo licitatório nesta fase, uma vez 
que o despacho se refere à  assinatura do contrato








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