Reprodução: Portal 2014
Mais um prazo prometido não foi cumprido
31 de janeiro já passou. Estamos em fevereiro e cada vez
fica mais evidente a colocação anterior de que decisões firmes, só mesmo depois
do Carnaval. Ou seja, em março. Com riscos cada vez maiores de alguns dos
investimentos previstos para a Copa 2014 não ficarem prontos. Ou – mais uma vez
– o açodamento com elevação dos custos.
O Governo Federal continua sem comando do processo. O
Ministro dos Esportes faz de conta que a solução dos problemas não é com ele.
Corre o risco de ser defenestrado pela Presidente, caso permaneça com essa
posição “lulista” de transferir as responsabilidades para os outros. E declara
confiança pessoal, sem querer se envolver.
Ao ser questionado sobre os 109 problemas apontados no
projeto do “Itaquerão” respondeu que o problema era de São Paulo e que “eles
deveriam resolver”.
O Governo Brasileiro não assumiu a coordenação, definiu como
diretriz que não colocaria recursos orçamentários para os estádios, mas apenas
para a infraestrutura pública. Para os estádios abriu uma linha de crédito
especial pelo BNDES e beneficios fiscais.
Transferiu as responsabilidades para os Governos Estaduais e
Municipais.
O máximo que fez foi estabelecer uma matriz de
responsabilidades com os governos estaduais e municipais, mas sem controle e
cobrança firme dos compromissos assumidos. Os prazos são estimados e não fixos.
Com isso vão sendo “escorregados”, com o Ministro dos Esportes sempre
“confiando” que as autoridades estaduais e municipais irão resolver “porque são
competentes”.
No caso de São Paulo, o clube responsável não consegue
fechar a equação econômica para viabilizar a implantação do seu estádio.
Promete e adia a formalização e poucas informações presta, alegando sigilo das
negociações.
Apresenta soluções ilusórias, inviáveis, na realidade.
A mais recente é que irá iniciar a terraplanagem do terreno,
assim que terminar o período das chuvas, com os recursos do financiamento do
BNDES, mesmo antes da aprovação definitiva do projeto a ser implantado pela
FIFA.
Ocorre que as regras de financiamento do BNDES para os
estádios da Copa, exigem que o proponente apresente a aprovação da FIFA do
projeto. Ou seja, não há como levantar o recurso do BNDES sem ter a decisão da
FIFA.
Os prazos de aprovação do financiamento pelo BNDES não são
tão curtos. Os primeiros levaram oito meses. Com a experiência, talvez os
prazos sejam encurtados, mas a essa altura, dificilmente estarão à disposição
do clube ou da construtora, em maio de 2011.
E o Governo Federal, através do Ministro de Esportes,
continuará dizendo que o problema não é dele, mas confia que os governos
estadual e municipal irão resolver o problema a contento. A matriz de
responsabilidade continuará sendo de irresponsabilidade.
Comentário do blog
O Governo Federal mantém o site Copa 2014 - Transparência em 1.º lugar, que tem o
objetivo de dar transparência às ações e despesas do Poder Executivo Federal
relativas aos jogos da Copa do Mundo de Futebol de 2014.
Todos sabemos que o não foi “aprovado” pelo COL, mas se você
consultar as informações relativas a Cidade de São Paulo, ele ainda consta como
sede da Copa 2014.
Estou dando esta informação apenas para exemplificar como as
coisas são feitas no Brasil: tudo só pra “inglês ver”. A coisa no final vai ser
feita “à brasileira”.
Enquanto isso a sede da Dona Onça aumenta...
Um comentário:
Já vi uma notícia que vão dar até abril pro Itaquerão... e quando chegar lá e ainda não tiver nada acertado? Vão adiar ainda mais?
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