Reprodução: Portal 2014
Interlocutor do clube diz que "lenda" do estádio
afasta potenciais investidores
Rodrigo Prada
O Corinthians deve anunciar apenas em abril novidades sobre
a construção do estádio de Itaquera, indicado para sediar a abertura da Copa de
2014. Mesmo com o adiamento, interlocutores do clube confirmam que o negócio
está fechado e que a terraplanagem da área começa entre abril e maio, após as
chuvas de verão.
A prorrogação está ligada à mudança de estratégia na
negociação dos direitos comerciais da arena. A diretoria considera mais
favorável fechar negócios com a obra em andamento.
Gente ligada ao projeto corintiano reclama que o estádio se
tornou uma espécie de “lenda”, o que afasta potenciais investidores. Com o
projeto em construção, seria mais fácil não apenas convencê-los a participar do
negócio, mas também aumentar o valor dos contratos.
Até então, o Corinthians pretendia revelar os parceiros da
arena em fevereiro. Agora, a ideia é começar as obras com o empréstimo de R$
400 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social),
que tem linha de crédito para os estádios da Copa.
Projeto
Nas contas do clube, ficariam faltando cerca de R$ 200
milhões para o projeto de 65 mil assentos, atingindo o mínimo necessário para
receber o jogo de estreia do Mundial. O projeto inicial para 48 mil torcedores
foi descartado.
O valor restante seria negociado durante a construção, com a
venda dos direitos sobre o nome (naming rights), áreas vip, espaços e assentos
comerciais. O Corinthians tem estudo da consultoria Accenture que estima o
potencial de receita desses serviços.
Só com naming rights o clube espera arrecadar R$ 200 milhões
em 10 anos. Para arrecadar esse valor, alto mesmo para os padrões europeus e
norte-americanos, a diretoria aposta suas fichas na novidade da arena, que
seria inaugurada já portando o nome do parceiro.
Junto à comercialização do nome, o clube estima receitas
anuais de R$ 30 milhões com o estádio, que seriam usadas para quitar a dívida
com a Odebrecht, empresa que tomará o empréstimo e tocará as obras.
Isenções
O clube paulista nega que o dinheiro extra virá de
patrocínios bancados pela prefeitura, como foi veiculado ontem (2) pela
imprensa. O que existe é um programa de incentivos fiscais do município para
empreendimentos privados na zona leste de São Paulo, buscando incentivar a
revitalização urbanística e aumentar o número de empregos na região. A
construção da arena ficaria isenta de ISS e IPTU.
Ao participar da Copa, o estádio alvinegro também se
beneficia da isenção de impostos federais e estaduais, fechando o ciclo de
benefícios tributários.
Empréstimo
Um dos empecilhos para que a obra comece em abril é que nem
o clube nem a Odebrecht enviaram carta-consulta ao BNDES solicitando o
financiamento. Para se ter uma ideia dos trâmites, a diretoria do banco demorou
entre oito meses e um ano para aprovar os recursos de outros seis estádios do
Mundial.
Como a terraplanagem leva de quatro a cinco meses, a obra
deve necessariamente começar até maio, já que essa etapa precisa de solo seco.
Caso contrário, a construção teria que ser paralisada em novembro, quando
recomeça o período chuvoso, o que atrasaria o início da instalação das
fundações e comprometeria o cronograma da Copa.
Outro eventual entrave que não preocupa a diretoria
corintiana são os dutos da Petrobras que atravessam o subsolo do terreno.
Segundo o clube, há garantia de que as tubulações podem ser inutilizadas
durante as obras sem prejuízo para o abastecimento de óleo combustível e
derivados na região metropolitana de São Paulo.
Comentário do blog
O fator novo revelado pela matéria acima é que se o SCCP esta
agora oferecendo a cessão do “naming rights” por 10 anos ao custo de R$ 200
milhões, é sinal de que não conseguiu interessados em pagar R$ 350 milhões por
30 anos.
Só para efeito de comparação o Palmeiras espera receber R$
65 milhões por sete anos de cessão, o que daria R$ 9,3 milhões/ano conta R$ 20
milhões/ano sonhados pelo SCCP.
Mas como diz o ditado, “sonhar não paga imposto”, e caso
pagasse, o SCCP ira chorar uma “isençãozinha”.
5 comentários:
Essa história de Itaquerão é mais que ridícula! Puro interesse das galinhas e da CBF. Só num país como o Brasil mesmo. Me dá Náuseas. Como o blog o Paulinho (Corinthiano) mesmo está reportando: http://www.midiasemmedia.com.br/paulinho/?p=25966 Tremenda vergonha.
Desde o primeiro dia que essa proposta pelo naming rights foi anunciada ao mesmo tempo todo mundo diria que isso não daria certo.
@Pedro: Blog do paulinho não é uma fonte confiável... é o mesmo cara que diz que tem "documentos" "provando" que o morumbi foi construído com dinheiro público.
A cada dia que passa estou mais convencido que nao existe investidor interessado em arcar com uma obra dessas na zona leste. Acredito que o comite organizador vai ter que corre atras de um outro estadio na cidade de Sao Paulo, construido de preferencia. Guedex, hipoticamente sem o Itaquerao vc acha que a Arena ultra-gas tem chance? Abs!
Renato, Tenho muita desconfiança das obras do novo Palestra. A italianada não se entende e essa WTorre, dizem, é meio enrrolada...
SE levantarem o estadio, acho que tem chance, remotas, mas tem.
Nesse tipo de coisa eu sou vidente guedex, leia bem o que escrevo...
O fielzão (ô nome de corno do caralho) vai ser construído cheio de coisa errada.
Vai atrasar pra kralho e por obra emergencial o estado vai intervir para que a copa ocorra sem problemas e assim os gambás ganharão dinheiro às nossas custas.
Quer apostar?
Abs
Postar um comentário