Reprodução: Blog do Tirone
Na cabeça dos dirigentes, a lógica é a mesma da questão dos
direitos de transmissão: a rivalidade que existe dentro de campo passa para
fora dele. Assim, Corinthians x Palmeiras vão decidir uma vaga na final do
Paulista no Pacaembu para cerca de 30 mil pessoas.
Poderia ser no Morumbi para o dobro de público. Mais renda,
mais dinheiro para todos (até para o São Paulo, que alugaria o estádio) e mais
gente podendo assistir à partida ao vivo.
A fim de não quebrar um pacto de alguns anos entre Palmeiras
e Corinthians de não mandarem mais clássicos no Morumbi, a diretoria alviverde
preferiu contrariar seu técnico Felipão e parte de seus jogadores, que saíram
de campo domingo falando que o Pacaembu é a casa corintiana.
Para amenizar, os cartolas destinaram 5% apenas de público
para o rival alvinegro. O Palmeiras abriu mão de um desejo de jogadores e
técnico por um acerto de bastidores.
Capitaneado por Andrés Sanchez, o pacto nada mais é do que
uma forma de retaliar o São Paulo, inimigo público número 1 do Corinthians. O
Palmeiras, ainda nos tempos de Belluzzo, entrou nessa. Na última segunda-feira,
a atual diretoria alviverde apenas deu sequência a ele.
Pode ser muito prazeroso para o torcedor corintiano bater no
peito e dizer que não joga no Morumbi, como gosta de dizer Andrés Sanchez. É o
chamado “jogar pra galera”.
Mas é evidente que um estádio para mais gente é melhor para
o torcedor e gera mais renda. Mas na lógica torcedora da cartolagem isso não
interessa. O melhor é tentar prejudicar o rival por trás do palco.
A decisão do local da semifinal do Paulista segue à risca o
modo de operação padrão da cartolagem dos clubes brasileiros, que não entende o
futebol como um negócio, mas como uma coisa de torcedor.
Ou, em outras palavras, não entende que o Corinthians perde
força se não existir o Palmeiras ou o São Paulo. Ou que o Flamengo perde força
sem o Vasco ou Fluminense, para ficar em alguns exemplos.
Para os dirigentes, a vontade de golear o maior rival na
final da Libertadores é da mesma intensidade de vê-lo fraco financeiramente e
com poucas condições de competir.
Pouco importa o negócio e também o que pode ser melhor para
o torcedor. E no final das contas, negócio e torcedor são as coisas que
importam.
Esta forma de ver o futebol apareceu também na questão da
disputa pelos direitos de transmissão. Cada um resolveu negociar separadamente
achando que ganhariam mais do que o rival.
E todos deveráo ganhar menos do que poderiam se sentassem à
mesa em bloco.
A rivalidade é a alma do esporte e do futebol. Mas o
profissionalismo é o que sustenta a estrutura. O profissionalismo que falta aos
drigentes.
4 comentários:
Guedex, boa tarde!
Tudo bem meu amigo, gostei da cronica mas não me fale a memoria quem começou estas brigas foi o nosso querido Fidel JJ, se nos eramos diferenciados como diziamos deixamos de ser em sua didatura, me desculpe pensar ao contrario mas isto nao me faz menos sao paulino que os outros. Nos tornamos iguais a todos os outros times do brasil em dirigir um clube de futebol, a unica coisa que ainda nos diferencia sao os titulos ganho, mas nos bastidores somos totalmente iguais e piorando porque eles tiraram os ditadores e nos começamos uma ditatura, fora que abirmos as pernas para a globo....
Marcello
Esse Andres é muito infantil… fica com birrinha de não jogar no Morumbi, achando que assim contribui para prejudicar o SPFC, aceitou a imposição do SEP de reduzir os ingressos para 5%, ou seja, um curintiano prefere ajoelhar para os palmeirenses do que pagar aluguel para o SPFC e dividir a renda. Os tempos são outros, quem te viu quem te ve Curintia….E o SEP vai na mesma linha do pensamento pequeno bairrista. Será que eles não perceberam ainda que o SPFC não precisa mais de SEP, SCCP e SFC para ganhar dinheiro? Não perceberam que o SPFC é auto-sustentável principalmente pela sua torcida, 3a maior do Brasil e a mais bem qualificada e com alto poder de compra? Que o SPFC faz negócios com a iniciativa privada e terá o melhor estádio do Brasil sem ter que contar com negociatas com o governo? Andres daqui alguns anos será lembrado como o presidente que acabou de vez com o futebol brasileiro, teremos apenas 20 clubes dependentes totalmente da TV… Porque ele começou com esse negócio de negociar direto com a Globo, incentivado pelo RT que quer tudo na vida, menos clubes fortes em seu país. Obrigado Andres…. Lamentável...
por mim esse tipo de escoria nao voltava mais na nossa casa (morumbi).ficamos com menos dinheiro todavia nao sujamos nossa casa com esse tipo de gente
Eu achava o máximo quando jogavamos fora de casa contra SEP, SCCP e SFC e tinhamos direito a 10% dos ingressos e em casa cedíamos bem mais que isso, às vezes a té 50%, porém quando o JJ tomou a mesma atitude, ceder 10% como os rivais fazem, é taxado de ditador! Não é legal? Torcida Tricolor espremida no Pacaembu, Vila Belmiro e Arena Ultragaz e no Morumbi darmos 50%, que legalzinho nos eramos!
Graças a birrinha do CAM hoje faturamos bem com o estádio cedido para shows internacionais, não temos mais o estádio quebrado, enquanto o CAM aumenta os ingressos para os jogos no Pacaembu fazendo com que a sua torcida pague pela briga, isso é que é presidente democrático! rs
Eles fora do Morumbi, mais lucro, eles alugando o Morumbi mais lucro, quem saiu perdendo???
O "ditador" ri a toa.
Helder
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