Reprodução: Folha.com
Daniel Brito / Rodrigo Bueno
Orgulhoso do seu Reffis, São Paulo
experimenta onda de lesões na reta final do Paulista e da Copa do Brasil, o que
gera dúvida sobre preparação puxada
O São Paulo, que tem seu núcleo de reabilitação
esportiva fisioterápica e fisiológica (Reffis) como orgulho e referência
mundial, virou na reta final do Paulista e da Copa do Brasil um centro de
lesões.
Ontem, o clube, que já tratou no
Reffis mais de 130 atletas de ponta, como Kaká e Maurren Maggi, deu os prazos
de recuperação para Lucas e Rodrigo Souto.
"O Lucas teve um estiramento no
músculo adutor da coxa direita, e o período de afastamento será de duas
semanas", afirmou o médico do São Paulo, José Sanchez.
Rodrigo Souto sofreu um estiramento na
panturrilha esquerda e ficará fora de três a quatro semanas. "É um
estiramento mais grave do que o do Lucas", falou Sanchez.
Na semana passada, outras duas
notícias negativas assustaram os são-paulinos: Luis Fabiano não se recuperou a
tempo de enfrentar o Goiás amanhã, e Alex Silva, com problema de joelho, foi
baixa contra a Portuguesa.
O departamento médico ainda tem
Fernandinho, que se recupera de fratura na fíbula. E de lá saiu Fernandão, que,
com dores no púbis, não atuou ainda na temporada.
O São Paulo perdeu profissionais
renomados ligados à área médica e de preparação física. Saíram o fisiologista
Turíbio Leite de Barros, o preparador Carlinhos Neves e o superintendente Marco
Aurélio Cunha, que é médico.
"Quando muda uma equipe que
estava entrosada, é normal haver problema de adaptação, muda-se a metodologia
de trabalho. Trabalhei com o Carlinhos por quase dez anos. O Marco Aurélio dava
retaguarda ao departamento médico", diz Turíbio.
Um fator que pode ter contribuído para
lesões no São Paulo, segundo pessoas ouvidas pela Folha, foi a carga de treinos
na pré-temporada. O time fez treinamentos em três períodos: 7h, 10h30 e 16h,
inclusive em domingo.
"Você coloca um volume maior de
treino dividido em partes, o atleta treina, alimenta e descansa. São trabalhos
neurais de manhã, depois trabalhos glicolíticos e, de tarde, os aeróbios",
disse Riva Carli, o atual preparador físico são-paulino.
Carli, que veio junto com o técnico
Paulo César Carpegiani, indicou o fisiologista Hamilton Tavares. "Em
quatro meses, tivemos só duas lesões. O Lucas trabalhou batida na bola, excedeu
nas finalizações e fadigou o músculo. O Rodrigo Souto levou pancada no
jogo", falou.
O preparador, que diz que o joelho de
Alex Silva "incha quando treina", fala com satisfação da fase do
time, até de "poucas" contusões. "Temos uma grande performance e
um mínimo de lesões."
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