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Rafael Reis
Clube se apega à Lei Pelé por acordos
mais longos com sub-18
Henrique, artilheiro e melhor jogador
do recém-encerrado Mundial sub-20, ameaça deixar o São Paulo argumentando que
seu vínculo é ilegal. Mas sua situação contratual não é única no clube.
Um ano e meio depois de ser levado à
Justiça pelo meia Oscar, autor dos três gols brasileiros na final da Copa do
Mundo júnior, o time paulistano continua fechando contratos fora do padrão da
Fifa.
Baseado na lei brasileira, o São Paulo
renovou por cinco anos com o volante Rodrigo Caio, em fevereiro, quando ele
tinha 17 anos. O meia Mirrai, 17, aposta para o futuro, também recebeu nesta
temporada um novo contrato com a mesma duração.
Mas a entidade que rege o futebol
mundial diz que atletas menores de 18 anos podem assinar acordos válidos por,
no máximo, três anos.
Ao contrário da Fifa, a Lei Pelé não
prevê esse limite. Jogadores de 16 anos -idade mínima para assinar contratos
profissionais- podem fechar vínculos de cinco anos.
É devido a esse conflito entre o local
e o internacional que Henrique, 20, considera que está livre do São Paulo.
Seu contrato atual foi assinado em
2008, quando tinha 17 anos, e vale até 2013. Mas, segundo o jogador, os dois
últimos anos devem ser desconsiderados por não se adequarem ao regulamento da
Fifa.
Assim, o atacante estaria sem qualquer
vínculo desde 21 de julho. E livre para acertar a ida para outra equipe.
"Enquanto ele estiver no Brasil,
o contrato vale. Mas, se ele se transferir para o exterior, aí o caso vira
internacional, e a Fifa pode fazer valer seu estatuto", disse o advogado
Marcos Motta, especialista em direito esportivo.
O São Paulo contesta o parecer e
afirma que, em casos como esse, a entidade não pode derrubar as multas
rescisórias previstas em contratos, por se tratar de um caso trabalhista, não
esportivo.
No final de 2009, Oscar, hoje no
Inter, acionou a Justiça para romper um contrato de origem semelhante. E
conseguiu, mas devido a desavenças financeiras com o clube.
Mesmo depois do susto, o time do
Morumbi acredita que age corretamente e continua se amparando na Lei Pelé para
fechar contratos.
"Temos uma tese que foi elaborada
pelo nosso jurídico e amplamente discutida. Não vamos abandoná-la por
pouco", disse o diretor de futebol amador do clube, Marcos Tadeu Novais
dos Santos.








Um comentário:
COmo disse Vitor Biner no seu Blog o Oscar rescindiu se contrato na justiça porque o SPFC devia R$ 6 mil, não pq o contrato não era válido.... A FIFA não interfere em questões nacionais apenas nas internacionais....
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