Blog by Guedex
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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ex-sócio do consultor do COL recebeu R$ 17 mi por projetos da Copa

Reprodução: Portal Copa 2014
 
Empresa foi contratada por indicação de Ricardo Teixeira, sem licitação

Arena Amazônia, em Manaus, um dos projetos com participação da Stadia (crédito: GMP/Divulgação)

Quatro cidades-sede da Copa pagaram mais de R$ 17 milhões ao Grupo Stadia por projetos arquitetônicos dos estádios. Em um dos casos, Carlos De La Corte, consultor do COL (Comitê Organizador Local) indicado pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, sugeriu a contratação da Stadia, cujo dono é Danilo Carvalho, seu ex-sócio. A informação é do jornal "Folha de S.Paulo".
"Procuramos a empresa de Carlos de La Corte e tivemos a sugestão do nome do Danilo, que é parceiro dele. O Carlos sugeriu dois ou três nomes. Como eu já estava em São Paulo e as outras empresas eram de fora do Brasil, foi mais fácil o contato. É aquela história de unir o útil ao agradável", disse Fernando Fernandes, ex-secretário da Copa 2014 no Rio Grande do Norte, ao jornal.
Fundado em junho de 2009, um mês depois do anúncio das cidades-sede do Mundial, o Grupo Stadia teria conseguido os contratos sem licitação. Para projetar o novo estádio de Manaus, por exemplo, a empresa recebeu R$ 14,7 milhões, com apenas 53 dias de existência. O governo do Amazonas alegou "inviabilidade de competição", brecha usada na Lei de Licitações.
Em Natal, o projeto custou R$ 2,3 milhões. Após o Ministério Público ter constatado um direcionamento de licitação, o governo do Rio Grande do Norte mudou um item do edital que previa que a empresa vencedora contratasse a Stadia para fazer também os projetos de engenharia.

Sócios
Carlos De La Corte e Danilo Carvalho foram sócios por 20 meses - entre fevereiro de 2008 e outubro de 2009, na Daro Engenharia. O projeto de Manaus, então, foi contratado durante a sociedade, quando De La Corte já estava à frente do COL.
"Trabalhei efetivamente por algum período no começo do COL e foi aí que acabei conhecendo as cidades. Eu ainda era sócio do Carlo de La Corte", afirmou Carvalho. Depois, afirma o diretor da Stadia, ele apenas participou de "reuniões" do comitê. De acordo com Carvalho, a sociedade chegou ao fim por "discordância de opinões". De La Corte preferiu ficar no COL e ele projetar estádios.

Leia a nota oficial da Stadia sobre a polêmica.

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