Atleta do São Paulo comprova idade
Ronieli, do time sub-20 do Tricolor, foi acusado de ter idade alterada, mas caso termina arquivado
José Geraldo Azevedo
O atacante Ronieli foi o autor do gol do São Paulo no empate com o Santos, que levou a decisão da última edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior para os pênaltis, e que terminou com o título tricolor. Mas a temporada 2010 poderia ter sido um pesadelo para o jovem atleta, que em 2008, aos 16 anos, chegou a integrar o grupo profissional do São Paulo na disputa da Libertadores. Logo após a conquista na categoria de base, Ronieli foi alvo de um inquérito para investigar uma possível alteração em sua idade real e a que consta em seu registro.
A Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD/SP) recebeu uma denúncia de que Ronieli, também conhecido como Roni, teria mais que os 18 anos constantes do seu registro na Federação Paulista de Futebol (FPF). O fato ocorreu já no final da competição, em janeiro deste ano. Mas só agora o caso teve um desfecho, e a favor do atleta.
Segundo o despacho do presidente do TJD/SP, Ivaney Cayres, levando em conta a conclusão do inquérito, “os exames apresentados pelo São Paulo demonstram à exaustão que não existe irregularidade entre a idade documentadamente apresentada pelo atleta [...] e os exames de densitometria óssea do mesmo atleta”. Dessa forma, ele determinou o arquivamento do processo, sem qualquer acusação contra Ronieli.
“Para que não houvesse uma suspensão prévia e assim uma injustiça, determinei o inquérito. Os exames que nos foram apresentados pelo São Paulo mostram que não há uma incompatibilidade entre a idade que consta no seu registro e a sua idade óssea. Assim, o processo foi arquivado, já que não ficou caracterizada alguma infração”, disse Meccia ao site Justicadesportiva.com.br, explicando que não caberia à FPF realizar os exames.
“Isso ficou mesmo a cargo do São Paulo. O clube que precisou produzir provas para comprovar a idade do jogador. Até porque a FPF não tem verba destina a produzir tais coisas”, concluiu o procurador-geral do TJD/SP.
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