“O Francês” inventor

Trinta e sete dias. Foi esse o tempo que Ricardo Gomes teve para preparar o time para a sequência do Brasileirão e para as semi finais da Libertadores. E qual foi o resultado?

Conseguiu desfigurar a defesa, que era o único setor eficiente da equipe: A média de gols sofridos subiu de 0,75 para 2,75!

Durante o recesso para a Copa da África, RG “inventou” uma equipe no 3-5-2 com Miranda atuando pelo lado direito da zaga, Alex Silva na sobra e Richarlyson pelo lado esquerdo da zaga, Jean e J. César atuariam como alas.

Na primeira partida, ninguém se entendeu: derrota para o Avaí, por 2 a 1, no Morumbi.

Contra o Vitória, na tentativa de “surpreender”, começou o jogo no 4-4-2 com Xandão pelo lado direito (Alex estava suspenso), Miranda na esquerda e Richarlyson no meio campo. O time estava tomando um vareio, veio o primeiro gol do adversário e ... EUREKA!

Richarlyson é recuado para o meio da zaga, e uma nova formação defensiva é “inventada”. Final: Vitória 3 X 2 São Paulo.

Hoje, contra o Grêmio Prudente, a julgar pelo que esta sendo divulgado pela imprensa, “O Francês” deve “inventar” mais uma escalação com Xandão na direita, Alex Silva na sobra, Miranda na esquerda, Jean na ala direita e... RICKY na ala esquerda!

Ou seja, a uma semana da decisão contra o Internacional, depois de 37 dias de treinamentos e 3 partidas que deveriam ser utilizadas para “afinar” o elenco, não temos sequer uma linha defensiva definida.

Ricardo Gomes esta no cargo há um ano. Não houve progresso algum.

Nesse tempo todo foram muito poucas as partidas em que o time apresentou um futebol decente. As vitórias contra o Cruzeiro na Libertadores foram enganosas, infelizmente.

Será que não teria sido melhor ter trocado o comando técnico e aproveitado esses trinta e sete dias para implantar um novo trabalho? O Internacional teve coragem e fez isso.

Parafraseando Juvenal Juvêncio, “O tempo é o senhor da razão. O tempo dirá. E nós também.”