Reprodução: Expresso da Bola
Assim como a boa atitude, gera melhores comportamentos e mais ética; não tenho dúvidas de que a atitude ruim e a terrível “malandragem” faz as pessoas em volta pensarem em outros comportmentos ruins. Assim é a vida em sociedade, felizmente ou infelizmente. Por isso não devemos abrir exceções. Não existem duas éticas, não existem momentos em que sirva a honestidade e momentos em que ela possa ser dispensada. Do sinal vermelho, à fila dupla, ao celular no avião, às votações no Congresso Nacional.
Assim, mesmo com o lindo título mundial, não podemos elogiar a atitude do treinador Bernardinho ao entregar uma partida. É feio. Não podemos tolerar os pilotos de F1 que entram para perder. Não é profissionalismo. É o oposto disso. É o contrário do esporte. É o que pode matar a paixão e, consequentemente, o negócio.
Na reta final do Brasileirão do ano passado, alguns times visivelmente facilitaram partidas para prejudicar rivais. Ou, em outras palavras, sendo extremamente diplomático, não mostraram muito empenho em partidas que alteravam a tabela de modo singificativo e, no fim das contas, mudaram o resultado final. Os colorados, por exemplo, ficaram na bronca com a atitude dos gremistas na última rodada. E quem não se lembra do goleiro Felipe, então no Corinthians, diante da cobrança de pênalti do Flamengo, dizendo que ia ficar parado no meio do gol. Que fique claro: o Flamengo foi campeão com justiça e não há qualquer indício de que tenha pedido favores a alguém. Mas o fato de o Felipe falando que vai ficar parado é indiscutível. Independentemente da vontade dos rubro-negros, aconteceu e os tricolores paulistas guardaram mágoa. Aí é que vem a segunda miséria desse tipo de comportamento. Não bastasse ele ser vergonhoso por si só, ainda fica a mágoa e o desejo de vingança.
E agora que o Corinthians pode ter que contar com a ajuda do São Paulo (que enfrenta o Flu) daqui a duas rodadas…? E agora que um resultado do rival pode até significar o título brasileiro para o Corinthians (ou, por “tabela”, para o Cruzeiro)? Como pedir ética e vergonha na cara? Pois é. Bons exemplos geram bons comportamentos e te dão autoridade para cobrar do resto da sociedade. Já o oposto…
Não vou nem entrar em questões políticas, de briga por estádio na Copa do Mundo ou pelo amor do Presidente da CBF. Isso é, dentro de certos limites, tolerável. Goleiro avisar que vai ficar parado na hora do pênalti é intolerável.
E agora?








3 comentários:
O mundo dá voltas, mais cedo ou mais tarde um certo time precisaria de uma postura séria do rival pra não ser prejudicado, só se passou 1 ano e esse dia já chegou.
Se derem o troco eu vou achar mais do que merecido.
Nada de troco.
Ética se mantém a qualquer hora, não importa a situação.
Tem que entrar pra ganhar, sempre. O resto é o resto.
Ora, o que tínhamos a fazer p/ atrapalhar a galinhada era vencer no domingo. Se não conseguimos, problema nosso.
É duro, mas é preciso agir assim.
Se eles forem campeões, problema, também. Nossa grandeza só aumenta, quando procuramos manter a honestidade em qualquer caso.
Só vai aumentar o abismo entre eles e nós, se formos honestos. Se agirmos como eles, no ano passado, vamos nos aproximar deles.
Não queremos isso, né?
Acho que não devemos entregar não, no ano passado não fomos campeões por culpa nossa mesmo, perdemos par ao Goias em casa.
Esse ano novamente, perdemos pros galinhas quando mais precisávamos ganhar. Se entregarmos o jogo, nos rebaixaremos ao nível ridículo da galinhada e o isso no SP nunca vai acontecer, coisa de timinho pequeno de várzea.
Postar um comentário